Como fruto de seu trabalho desde 1977, a ABPF pode enumerar, entre outras, algumas de suas principais realizações:
Organização de um Museu Ferroviário dinâmico sediado no município de Campinas (SP), para exibição de antigos trens e demais elementos em uso, em linha férrea de 24 Km de extensão (início na estação ANHUMAS em Campinas e final em Jaguariúna), cedida pela Fepasa (Ferrovia Paulista S.A).
Até o momento, o acervo lá reunido conta com 15 locomotivas a vapor sendo 11 em operação e o restante aguardando restauro, uma diesel e uma elétrica (um bonde do corcovado da cidade do Rio de Janeiro), 30 carros diversos, uma automotriz, um auto de linha e centenas de peças menores, tudo sendo restaurado e operado pelos próprios associados, com apoio do público que nos prestigiam através do passeio, excursões educativas com escolas e diversas empresas que contribuem com doação de lenha, óleo lubrificante, sapatas de freio, ferramentas etc.
Trata-se da primeira ferrovia histórica turística do Brasil, funcionando regularmente desde 1984, atraindo inúmeros visitantes brasileiros e estrangeiros, tanto pelo seu valor histórico cultural como pelo grande interesse turístico.
Operação da Estrada de Ferro do Vale do Bom Jesus, ligando os municípios de Pedregulho a Rifaina (SP) num total de 33,5 Km de extensão com tração a vapor, atravessando grande parte do Parque Ecológico de Furnas do Bom Jesus, sendo uma das mais belas paisagens do estado. O acervo da Associação lá reunido contava com 2 locomotivas e 3 carros de passageiros. Trecho desativado em 1997.
Campanha nacional pela Preservação da Estrada de Ferro Oeste de Minas, sediada em São João Del Rei, que além de bem sucedida provocou a criação do programa PRESERFE, do Ministério dos Transportes, que criou diversos museus ferroviários em todo o Brasil.
Iniciativa e participação em ação de caráter nacional para o salvamento e recuperação da Estrada de Ferro Madeira - Mamoré (RO), tombada pelo SPHAN( Secretária do Patrimônio Historico e Artístico Nacional) do Ministério da Cultura. Recuperada para uso como ferrovia histórica, turística, é hoje a maior atração turística do Estado de Rondônia.
Pedido de Tombamento da Estrada de Ferro Perus- Pirapora (SP) e elaboração de projeto para transformação em ferrovia histórica e turística, assessoria ao Condephaat para os estudos de tombamento o qual já foi realizado.
Iniciativa de restauração da locomotiva a vapor No. 353 da antiga E.F. Central do Brasil, transformada no símbolo da R.F.F.S.A. Depois de vários anos, em 1997 foi cedida a ABPF.
Assessoria a Secretária de Estado de Esportes e Turismo, no projeto e construção de uma ferrovia Turística no parque ecológico do Tietê. Concessão para a futura operação da ferrovia.
Participação Ativa na Comissão Pró Paranapiacaba juntamente com a RFFSA, Secretária da Cultura, Emplassa, Associação de Engenheiros e Arquitetos de Santo André e Prefeitura Municipal de Santo André.
Estreita colaboração com a Rede Ferroviária Federal S.A., no plano de restauração e recuperação do Sistema Funicular da Serra do Mar, em Santo André-SP na serra de Paranapiacaba . Esse sistema funicular único no mundo, foi operado pela ABPF, por vários anos. Com o processo de privatização da RFFSA, a operação do Funicular foi suspenso.
Organização de excursões e viagens de estudos a locais de interesse, abertas ao público.
Organização de grande biblioteca contendo livros, documentos e fotografias relativas a história e a técnica ferroviária no Brasil e do exterior, localizado na sede nacional da Associação em Campinas.
Promoção de palestras, conferências e sessões cinematográficas com temas ferroviários.
Promoção de publicações diversas.
Campanha permanente de promoção do patrimônio histórico ferroviário brasileiro.
Interfiliação com diversas entidades internacionais, correspondentes nos Estados Unidos, Inglaterra, França, Japão, Austrália, Argentina, Uruguai e Chile.
Convite para participação na comissão do Ministério da Cultura para a política de preservação ferroviária no Brasil.
Convênio firmado com a RFFSA e PROFAC (programa Ferroviário de Ação Cultural), para a implantação de várias atrações em Centros Culturais Ferroviários, onde 3 já funcionam sendo em Barbacena-MG, Itacuruça-RJ e Santos Dumont - MG.
Convênio firmado com RFFSA, CBTU, Prefeitura do Rio de Janeiro e Magé e CVRD ( Cia Vale do Rio Doce) para a recuperação e implantação de um trem turístico a vapor na Estrada de Ferro Mauá a primeira ferrovia do Brasil.
Convênios com a RFFSA, com vários termos Aditivos para a preservação de materiais e estações.
Contrato com a Estrada de Ferro Campos do Jordão para a implantação de trem com tração a vapor, na parte plana da Estrada, bem como treinamento para operação de locomotiva a vapor, nos anos de 1993 e 1994.
Convênio com a Secretária de Cultura do Estado de São Paulo, onde cedeu uma locomotiva a vapor para exposição no Museu da Imigração.
Implantação do trem turístico a vapor na cidade de Cruzeiro (SP), até Rufino de Almeida, em parceria com a Prefeitura de Cruzeiro e RFFSA.
Implantação do trem turístico a vapor na cidade de Rio Negrinho-SC, onde a ABPF já possui 5 locomotivas e mais de 30 carros de passageiros, atendendo todo o estado de Santa Catarina em conjunto com a atual Ferrovia Sul Atlântica - FSA ( ex-RFFSA) e denominada de Ferrovia das Cachoeiras.
Firmou convênio com a RFFSA que era e ainda é a maior colaboradora na preservação do patrimônio histórico ferroviário, principalmente no que se refere a locomotiva a vapor e carros de passageiros de madeira.
Cedeu a locomotiva nº 1424, da antiga E. F. Central do Brasil e quatro carros de passageiros, em madeira, para formar o Trem Presidencial, realizado em 4 de julho de 1997, por ocasião da inauguração do contorno ferroviário da cidade de Curvelo (MG). A operação, bem como a manutenção, ficaram também sob sua responsabilidade.
Implantação do trem turístico a vapor em São Lourenço à Soledade de Minas - MG, o trem das águas, trecho com grande sucesso, num percurso de 10km. Operado pela ABPF em conjunto com a Prefeitura de São Lourenço.
Trabalhando com o apoio de seus 2000 membros espalhados entre as 08 regionais da Associação, e de diversas entidades governamentais e empresas particulares, a ABPF tem conseguido contribuir para o conhecimento da história da nossa sociedade e cultura, bem como das técnicas e tradições nacionais ligadas ao setor ferroviário, promovendo a formação de uma consciência preservadora, fruto da compreensão do valor do patrimônio cultural em geral e do patrimônio ferroviário em particular, gerando uma atuação ampla e coletiva.